Politec conclui que tiro que matou adolescente no Nortão foi voluntário e não acidental

Laudos periciais de local de crime, de necropsia e de reprodução simulada produzidos pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) concluem que o tiro que matou a adolescente Kethlyn Vitória, 15 anos, é classificado, tecnicamente, como tiro voluntário e não acidental. O crime aconteceu no dia 3, em Guarantã do Norte.

As perícias evidenciam que a arma foi disparada de forma regular, mediante o acionamento do gatilho pelo operador. No entanto, não foi possível determinar se houve ou não intenção de atirar na vítima e a motivação do crime, o que deve ser esclarecido durante as investigações.

O laudo de reprodução simulada, entregue nessa terça-feira (27) apontou que houve compatibilidade com os elementos constantes nos autos do inquérito policial, confirmando a dinâmica previamente estabelecida pela investigação.

Foram requisitados dez laudos periciais para a apuração do caso, com base nos vestígios levantados, sendo que destes, três já foram concluídos.

A classificação de tiro acidental é utilizada quando há produção do tiro sem o acionamento do gatilho, devido à falha da segurança do armamento e anomalias em suas peças, o que não ocorreu no caso em questão.

O tiro atingiu a vítima na região posterior da cabeça, produzindo as marcas de sangue características do efeito deste disparo. O projétil foi recuperado no interior do veículo. O estojo balístico não foi localizado.

A perícia analisou o trajeto do tiro, apontado no laudo de necropsia e identificou que é compatível com as marcas contidas no interior do veículo. Na reprodução simulada, os peritos analisaram os pontos convergentes ou divergentes das declarações do atirador, confrontando-os com os apontamentos dos laudos periciais.

Na reprodução da cena, os peritos constataram o alinhamento da saída do cano da arma com o posicionamento da cabeça da vítima coincidindo com a trajetória do projétil que foi encontrado alojado na coluna lateral esquerda do veículo Hyundai/Creta.

O Delegado responsável pelo caso, Waner Neves, explicou o indiciamento do médico por feminicídio, ressaltando que a posse e o porte da arma eram ilegais. “Ele não tinha permissão para portar a arma, e ao acionar o gatilho sem certeza de que ela estava desmuniciada, com a vítima à sua frente, ele assumiu o risco de matar, o que caracteriza dolo eventual”, afirmou.

O delegado afirma que a perícia não encontrou qualquer defeito na arma. Durante a reprodução simulada, o autor dos disparos, Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello confirmou todas as informações contidas em seu interrogatório no Inquérito Policial.

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